Sustentabilidade, Gentili (Legambiente): "146 eventos climáticos extremos em 10 anos"

Milão, 23 de setembro (Adnkronos) – "Com o Observatório Cidade-Clima da Legambiente, produzimos uma projeção específica sobre a questão agrícola: nos últimos 10 anos, ocorreram 146 eventos climáticos extremos que colocaram a agricultura em crise. Destes 146, 79 — mais da metade — ocorreram nos últimos dois anos, representando 50% dos danos totais à agricultura."
Estas são as palavras de Angelo Gentili, gerente de agricultura da Legambiente, durante a palestra de abertura da primeira edição do Colorfuture Parade.
O painel público teve como objetivo refletir sobre as questões urgentes do nosso tempo, às vésperas do décimo aniversário da adoção da Agenda 2030 pela Assembleia Geral da ONU. "Uma iniciativa maravilhosa que demonstra como é possível combinar as melhores práticas — sustentabilidade, por um lado, mas também inclusão e participação — para moldar o nosso futuro", afirma Gentili. "Ondas de calor extremas, secas, inundações, furacões e até mesmo tempestades de granizo e geadas tardias afetaram severamente a agricultura a céu aberto", lembra. "Infelizmente, eventos climáticos extremos são cada vez mais frequentes. Este é um sinal que nos mostra o quanto a crise climática está nos afetando."
Para Gentili, "é fundamental e estratégico, antes de tudo, reduzir drasticamente o uso de combustíveis fósseis. As energias renováveis são o caminho a seguir para reduzir drasticamente os efeitos dos gases que alteram o clima e que estão elevando as temperaturas globais". Além disso, o diretor de agricultura da Legambiente sugere adotar "uma agricultura mais resiliente, que utilize a agroecologia, a agricultura regenerativa e a agricultura orgânica. Isso inclui espécies nativas mais resistentes às mudanças climáticas, como videiras, oliveiras e plantas herbáceas, por exemplo. Devemos adotar um caminho que una e fortaleça a relação com o nosso bem-estar, a nossa saúde e a saúde do planeta", alerta. Para trilhar esse caminho, "é essencial que as organizações internacionais se conscientizem", enfatiza. "Quando o Acordo Verde é diluído, quando o Acordo Verde se torna uma arma muito mais fraca do que antes, todos nós perdemos", continua. "Isso cria uma situação cada vez mais difícil não para o planeta, mas para nós, para a raça humana. Devemos implementar caminhos como os que estamos descrevendo hoje", conclui.
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